Não existe gramínea milagrosa, aquela que aguente solos encharcados, de baixa fertilidade, manejo intenso, resistente a pragas, e aí vai.
Temos que analisar bem na hora de escolher a melhor gramínea e algumas perguntas são importantes.
Como é a topografia da área onde vou plantar?
Se o terreno for plano, qualquer gramínea vai bem, mas se ele for inclinado é prudente que se adote gramíneas de habito de crescimento decumbente ou estolonífero, pois estes dois irão proteger mais e melhor o solo. Evite gramíneas de habito de crescimento cespitoso ou de touceira como os panicuns pois a água da chuva pode correr por entre as touceiras e acabar provocando erosão.
O meu solo é seco ou costuma se encharcar?
Se o seu solo apresenta boa drenagem e não se encharca pode plantar qualquer uma, mas se ele costuma se encharcar procure gramíneas que tolerem o encharcamento, como a Humidicola, Dictioneura, Setária, Tangola e outras.
Como é a fertilidade do meu solo?
Você só tem como saber isso com uma análise de solo, se a fertilidade de sua área for baixa, mas você pretende corrigir pode plantar uma gramínea mais exigente tipo um panicum. Mas se ela está baixa e você não pretende corrigir, escolha uma gramínea tolerante a baixa fertilidade.
Qual o tipo de animal que vou colocar no pasto?
Se for bovino você pode adotar gramíneas com a gema apical mais alta, mas para equinos, moeres, ovinos e caprinos o ideal é uma gramínea com gemas apicais mais rasteiras.
Quanto que eu pretendo intensificar a minha área?
Se você pretende tirar o máximo de produtividade do pasto, deve optar por uma gramínea de alta produtividade e por consequência mais exigente em fertilidade de solo.
Não se esqueça que toda gramínea recém lançada deve ser testada em uma área pequena para depois ampliar.

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