Ouvir "Ser assaltado. Um dia, a primeira vez acontece"
Sinopse do Episódio
Confesso: sempre tive uma curiosidade meio mórbida em saber como é ser assaltado. Como é a sua sensação de impotência e de fragilidade diante de alguém que, por estar armado, é o dono da situação. Ao longo da vida de embates, tenho cicatrizes de algumas facadas e também trago a marca e a lembrança de ter levado um tiro.
O que era algo que eu não sabia, não tinha como dimensionar e que chegava para mim apenas através de relatos, enfim faz parte das muitas coisas que vivi. E perpassa uma sensação estranha, a compreensão da verdadeira dimensão que a palavra fragilidade tem para o ser humano que está diante de uma faca pressionada contra a sua barriga em segundos que parecem verdadeiras eternidades, quando você olha ao redor e não encontra um amparo, uma conexão com o mundo – como se, naquele instante, não houvesse alma viva capaz de oferecer um amparo qualquer.
Eram dois moleques, entre 15 e 16 anos, com a vestimenta típica de quem já tem a indumentária para cometer o crime. Arrogantes, anunciaram o assalto e vi a lâmina das facas reluzindo diante da luz – um brilho que até agora continua a brilhar em meus olhos, em minha memória. Um se aproximou, ponteando a faca contra meu estômago e o outro apenas falava: entrega o celular, seu filho da puta.
O que era algo que eu não sabia, não tinha como dimensionar e que chegava para mim apenas através de relatos, enfim faz parte das muitas coisas que vivi. E perpassa uma sensação estranha, a compreensão da verdadeira dimensão que a palavra fragilidade tem para o ser humano que está diante de uma faca pressionada contra a sua barriga em segundos que parecem verdadeiras eternidades, quando você olha ao redor e não encontra um amparo, uma conexão com o mundo – como se, naquele instante, não houvesse alma viva capaz de oferecer um amparo qualquer.
Eram dois moleques, entre 15 e 16 anos, com a vestimenta típica de quem já tem a indumentária para cometer o crime. Arrogantes, anunciaram o assalto e vi a lâmina das facas reluzindo diante da luz – um brilho que até agora continua a brilhar em meus olhos, em minha memória. Um se aproximou, ponteando a faca contra meu estômago e o outro apenas falava: entrega o celular, seu filho da puta.
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