Quando vai pra política, médico vira apenas formado em medicina

16/04/2020 3 min

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Sinopse do Episódio

Que fique bem claro: não gosto do ministro Mandetta, a quem chamo de maledeto. Na minha opinião, o presidente cometeu quatro equívocos na montagem do seu governo, de um deles já se livrou que foi o Velez-Rodrigues na Educação. Persistem como figuras com as quais eu não concordo os titulares do Turismo, da Agricultura e na Saúde. Cabe lembrar que Mandetta, foi um obscuro e anti-petista deputado do Centrão e filiado ao Dem que nunca em sua atividade parlamentar se caracterizou como um defensor da ciência, como agora se arvora. E sua experiência anterior como gestor não o credenciava para o cargo. Mas, por que Bolsonaro o convidou? Sabe-se agora que foi por sugestão do Ronaldo Caiado, também médico.
Lembremos que o maledeto foi secretário da Saúde de Campo Grande (MS) entre 2005 e 2010, durante a gestão de Nelson Trad Filho. Dquela sua passagem, resta um processo por conta de fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois na implementação de um sistema de prontuário eletrônico. Antes de assumir a pasta, ele foi presidente da Unimed na capital sul-matogrossense.
Tenho muito medo destes “médicos” que abandonam a Medicina e se enveredam pela política – porque geralmente se transformam em charlatães e mestres em corrupção. Se valem do manto de respeito e de admiração que o nome, a imagem e a figura do médico ensejam, para se tornarem meros oportunistas. Exemplos é que não faltam: ACM, o verdadeiro dono da Bahia por muitas décadas era médico, assim como Mão Santa que acumula processos por corrupção. São muitos os casos nada recomendáveis, porque a medicina quando praticada com ética possibilita que o profissional tenha um alto padrão de vida, mas para enriquecer terá de ser um excepcional cirurgião ou, então, entrar na política. O Ronaldo Caiado que dizem ter sido médico e já era de família rica, mas a ambição por dinheiro não conhece limites e isso o tirou da profissão. Aqui no DF tivemos Agnelo Queiroz, um médico comunista que investiu R$ 1,7 bi na construção de um estádio em uma unidade da federação que nem futebol tem e deixou a saúde caindo aos pedaços.