Algumas pessoas me perguntam: Alfredo, por que está todo mundo em polvorosa? Tento dizer que é preciso dissecar os interesses que há por trás de certos movimentos, mas me apego a uma linha de raciocínio muito simples e que tentarei compartilhar com você, ouvinte.
Durante muito tempo, a mídia era a fonte hegemônica da informação. Não havia contraponto, razão pela qual a circulação de notícias era algo restrito. Alguns jornais, revistas, emissoras de rádio, de TV e nada mais.
Esse mundo ruiu com o advento das redes sociais. Hoje, boa parte das pessoas olha o noticiário da TV não para se informar, mas para ver como o veículo manipula, desinforma e omite informações que já são do conhecimento da sociedade. O problema é que a mídia tradicional ainda sonha em resgatar o monopólio da informação. E por não se dar conta desta nova realidade, naufraga e é achincalhada pela sociedade.
Temo, inclusive, que a sociedade chegue a tal nível de exasperação que acabe descarregando nos profissionais de comunicação a raiva e o ódio que tem dos veículos de comunicação.
No caso do campo político, eu vejo a coisa um pouco mais complexa – mas igualmente interessante. Ao longo da história política nacional, os agrupamentos, grupelhos e facções criminosas da esquerda sempre se caracterizaram por “ganhar no grito”. Ainda que perdessem, reinventavam o discurso e se apresentavam como vencedores, como vitoriosos. Contavam, claro, com a claque sindical, dos movimentos sociais – porque sempre houve muito dinheiro para financiar tais estruturas.

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