O que deveria preocupar a mídia e a oposição política é o fato de que eles atuam exatamente como Bolsonaro determina e dançam a música que ele coloca para rodar. Cá entre nós: qual a credibilidade que tem um vitupério desferido pela Gleisi Hoffman, a presidente do PT e que nas planilhas de corrupção das empreiteiras da Lava-Jato era identificada com o codinome de “amante”?
Sejamos francos e sinceros: tudo que o Bolsonaro precisa e quer é ter como oposição o PT e seus batedores de carteira, entes políticos sem credibilidade ética e sem nenhuma proposta nova que transcenda um receituário de políticas sociais que já se revelaram insuficientes para tirar os pobres da pobreza, criando mecanismos para sua efetiva inserção no mercado. A opção pela magia paliativa, que cumpre sim um papel humano em um primeiro momento, mas que tem como objetivo estratégico perpetuar um segmento fiel e dependente do benefício – o chamado curral eleitoral – acaba gerando um quadro onde em lugar da conquista da cidadania, o Bolsa Família sem porta de saída serve para perpetuar uma relação de vassalagem.

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