Carnaval virou cobertura ginecológica para sexo virtual?

24/02/2020 3 min

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Sinopse do Episódio

Eu sei que há uma busca por ângulos sexualmente reveladores na cobertura televisiva e o que eu considero mais revelador é que muitas mulheres se sentem particularmente interessadas em levar a ousadia até o seu limite, num jogo dúbio entre o pudor e a promiscuidade em seu sentido mais autêntico.
Não sou puritano, mas tenho uma avaliação muito peculiar sobre a estratégia de algumas emissoras que fazem coberturas quase que ginecológicas do carnaval, deixando de lado até mesmo a noção do ridículo. No entanto, tenho a convicção de que se uma emissora vai até além do limite, é porque ela deve estar amparada em alguma pesquisa de que há um público ávido por esse tipo de cobertura.
Não me considero nem ranzinza e nem moralista, mas é no mínimo estranho e revelador que as mesmas vozes que vociferam contra certas situações imaginárias, sejam omissas e coniventes com a realidade de uma festa que vulgariza a mulher e a destaca enquanto mero objeto sexual a mostrar-se como mercadoria sem valor, disputando espaço na vitrine como um produto para consumo virtual in natura.