Rita Lee: Uma autobiografia (Rita Lee)
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Estes são os aprendizados deste livro.
Primeiramente, Infância e influências familiares, No início do livro, Rita Lee revisita suas origens e a influência do ambiente familiar na sua formação como pessoa e artista. Filha de uma família tradicional paulistana, ela narra com detalhes divertidos sua infância, marcada pela forte presença das mulheres e pelo estímulo da mãe, amante de música clássica e ópera. Rita repassa situações cotidianas com um olhar nostálgico, mas sempre crítico, mostrando como pequenas rebeldias e questionamentos foram fundamentais para que desenvolvesse sua personalidade única. A convivência com os pais, as irmãs e avós contribuiu para sua percepção precoce do papel social das mulheres e das diferenças existentes na sociedade brasileira. Esses anos iniciais ajudaram na construção do seu desejo de liberdade e criatividade, que viriam a se tornar pilares da sua carreira. A autora também destaca o contato com as primeiras referências musicais, como Beatles e Elvis Presley, que abriram portas para sua paixão pelo rock e pela música como forma de expressão de sentimentos e dilemas pessoais.
Em segundo lugar, A trajetória com Os Mutantes, Rita Lee dedica um espaço significativo do livro ao período que esteve à frente dos Mutantes, banda que revolucionou a cena musical dos anos 1960 e 1970 no Brasil. Ela relata como conheceu Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, detalhando o surgimento da banda e o impacto imediato que tiveram ao misturar ritmos populares brasileiros com a irreverência do rock psicodélico. O livro explora os bastidores das gravações, os convites para participar de festivais e a reação da crítica e do público – ora apaixonada, ora reticente diante de tanta inovação. Rita descreve as relações de amizade, amores e disputas dentro e fora do grupo, revelando tanto os momentos mágicos quanto os episódios de tensão criativa e conflitos pessoais. Segundo ela, o período nos Mutantes foi crucial para consolidar sua personalidade artística, permitindo que lidasse com inovações tecnológicas, experimentações musicais e barreiras sociais e de gênero impostas pelo conservadorismo da época. São relatos que elucidam como nasceu o espírito combativo e libertário de Rita, que, posteriormente, levaria para sua carreira solo.
Em terceiro lugar, Carreira solo e reinvenção artística, Após sua saída dos Mutantes, Rita Lee enfrentou momentos de incerteza, mas também soube se reinventar, consolidando uma trajetória de sucesso na carreira solo. O livro descreve as dificuldades do início, as dúvidas quanto ao futuro e o processo de composição de álbuns marcantes, como 'Fruto Proibido'. Rita partilha como desenvolveu sua identidade musical própria, explorando novas sonoridades, parcerias – como a de vida e de palco com Roberto de Carvalho –, e letras marcantes que abordam temas como feminismo, sexualidade e crítica social. A narrativa mostra os desafios de conquistar o espaço no mercado dominado por padrões masculinos e conservadores, assim como a resistência inicial da indústria à sua ousadia estética e temática. Rita explora sua ligação visceral com os fãs...

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