[Análises] A terra dá, a terra quer (Antônio Bispo dos Santos) Resumidos.

24/09/2025 6 min

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A terra dá, a terra quer (Antônio Bispo dos Santos)
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Estes são os aprendizados deste livro.
Primeiramente, A Relacionalidade com a Terra, Antônio Bispo dos Santos defende que a relação entre seres humanos e o solo não é baseada em posse ou domínio, mas em reciprocidade e respeito. Segundo o autor, para os povos tradicionais como os quilombolas, a terra é um ente vivo, dotado de vontade e direitos próprios. O conceito de relacionalidade significa perceber a terra como um ser com o qual se estabelece um acordo mútuo: tudo o que dela se retira deve ser devolvido em cuidado e equilíbrio. Esta postura contrasta fortemente com a visão industrial e capitalista, que trata a terra como mero recurso a ser explorado. Bispo dos Santos utiliza exemplos de práticas agrícolas, festas, e mitologias para ilustrar como as comunidades constroem sistemas sustentáveis, baseados em saberes passados de geração para geração. Este entendimento profundo contribui para a sobrevivência dessas populações e oferece lições valiosas para a sociedade diante da crise ecológica global.
Em segundo lugar, Acosmismo e Rejeição à Propriedade Privada, Um dos pontos centrais do livro é o conceito de acosmismo, uma filosofia que questiona a ideia de propriedade privada como fundamento do sistema econômico e social. Bispo dos Santos argumenta que, para os povos tradicionais, não existe a noção de apropriação plena dos bens naturais, pois todos os elementos da natureza têm papel e valor autônomo. Ao abordar as consequências da privatização e da mercantilização das terras, o autor demonstra como estas práticas rompem a lógica do compartilhamento e da responsabilidade coletiva, prejudicando comunidades e o próprio meio ambiente. Ele observa que o direito à terra, ao contrário de ser um privilégio individual, é uma condição compartilhada e transitória, implicando deveres perante as futuras gerações. Ao resgatar essa filosofia, o livro propõe alternativas para o debate agrário e inspira revisões profundas nos sistemas de produção e convivência.
Em terceiro lugar, Saberes Ancestrais e Educação Tradicional, Bispo dos Santos dedica boa parte de sua obra a valorização dos saberes produzidos pelas populações do campo e pela oralidade que permeia essas culturas. O autor argumenta que o conhecimento dos quilombolas, indígenas e outros povos tradicionais, transmitidos de maneira prática e coletiva, é fundamental para a gestão sustentável da terra. A educação nessas comunidades não é formal, mas se dá pelo exemplo, pelas histórias, pela observação e pela participação em rituais e atividades cotidianas. Esse aprendizado fomenta uma consciência crítica sobre o papel do ser humano no mundo, alimentando práticas de cultivo, coleta, caça e pesca que respeitam o tempo da natureza. O livro também propõe uma nova ética do ensinar-aprender inspirada no diálogo e na troca, em oposição ao modelo competitivo e fragmentado da sociedade industrializada.
Em quarto lugar, Resistência e Identidade Quilombola, A obra é também um manifesto pela resistência cultural...

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